11 novembro 2010

#10

O reencontro

No dia em que Miguel regressou Ana estava sufocada de saudades!
Tinham combinado previamente, encontrarem-se no café a meio da tarde. Quando Ana chegou Miguel já estava à espera dela e ela chegou antes da hora marcada, o que significa que Miguel estava tão ou mais ansioso que ela. “Isso é bom! Não sou só eu”, pensou Ana.
Sentou-se de frente para ele e sorriu… Miguel olhava-a com intensidade, sorriu também e disse:
 - Então garota? Já sei que não tiveste saudades minhas!
Ana – Que mentira! Tive imensas! E tu? Ainda te lembras de mim?
Miguel – Lembro todos os detalhes de ti! Especialmente dessas covinhas que fazes ao sorrir…
Gargalharam e Miguel estendeu a mão e agarrou-lha com força. Com tanta força que Ana sentiu a mão espremida no meio da dele.

Miguel – Trouxe uma coisa para ti. Nada de especial…
Pegou no envelope e entregou-o a Ana. No interior estava uma foto. Na foto, estava o nome dela, escrito na areia, em letras gigantes e numa perfeição tremenda. Na areia, no meio das rochas, em vez de Miguel andar perdido nas ondas, e noutras coisas das praias do sul, escreveu o nome dela de uma forma espectacular!
Ana – Uau! Está fantástico! Como fizeste isto?
Miguel – Fiz uma manhã em que me lembrei de ti, com um pauzinho comprido para não deixar pegadas.

Estava de facto muito bem. Ana sorriu e ficou a olhar para a foto e a pensar que não tinha feito a pergunta que queria, que era, porquê Miguel, porque escreveste o meu nome? Mas manteve o silêncio.

Miguel estava moreno. Dizer moreno é dizer pouco e Ana achou que ele era o homem mais bonito que existia. Moreno, a olhar para ela e a sorriu genuinamente, Miguel voltou a agarrar a mão de Ana e disse-lhe:
 - Estás gira miúda!
Ana sorriu, meio envergonhada e respondeu:
- É por te ver! Estou feliz…
E ficaram sem saber quantos minutos não conseguiram parar de se olhar…

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