13 novembro 2010

#13


O segundo beijo

Deste beijo, Ana lembra-se. Perfeitamente. E ainda hoje, quando o recorda fica sem fôlego!

Festejava o seu aniversário, numa discoteca com alguns amigos. Miguel também estava presente, mas aquele não era o ambiente dele. Muito recatado, encostado a um canto, Miguel apreciava Ana e a sua alegria contagiante. Viu-a dirigir-se a ele, com um copo de champanhe para brindarem.
No fim do brinde, Ana perdeu a vergonha e beijou Miguel descaradamente, de uma forma arrebatadora e apaixonada! De repente a paixão tomou conta dos dois e num beijo fundiram-se num só! O mundo rodopiou! O tempo parou. Deixaram de ouvir a música e só eles os dois existiam! Um beijo. Um beijo só. E ambos se perderam no sabor um do outro…

Deste beijo Ana não se esquece. Porque até hoje, aquele não foi o único beijo, mas foi um beijo único…

Separaram-se, atordoados, olharam-se e souberam. Não o disseram, mas sabiam. Miguel não o admitia e fingia não acreditar em Ana, mas ambos sabiam que estavam perdidos de paixão!
Nessa noite, quando Miguel levou Ana a casa, dentro do carro, com a cabeça no colo dela, ele cedeu e disse: “Gosto tanto de ti, sabias? E tu, gostas de mim?”
E disse-o com a mais profunda ternura e meiguice, com uma voz à bebé e uma tremenda insegurança e medo. Ana percebeu isso e só lhe respondeu, enquanto passava as mãos no cabelo dele: “Eu amo-te”. E o silêncio falou o resto…

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